top of page

Resumos

Sefardismo y arte en la raya minhota en el siglo XVI: ejemplos artísticos de cristianos nuevos

El obispado de Tui recibiría a lo largo del siglo XVI la llegada de numerosos artistas desde el norte de Portugal. En muchos casos el origen de estos maestros era hebreo, cristianos nuevos que bien en 1492 o en 1497 habían quedado en Portugal bautizados a la fuerça.

La mayoría de los artistas que quedaron en la raya se vincularían a oficios propios de las necesidades religiosas hebraicas como los plateros o los pintores. Los ejemplos del pintor Jácome de Brancas o del platero Joam de Sousa son sintomáticos de esta llegada artística y con origen en Tras-os-Montes. También trabajan maestres de escultura como Alonso Montánchez, de Chaves, que realizaría importantes encargos en el sur de Galicia.

Estos artistas señalan una migración intelectual a locales con mayor seguridad para el trabajo pero también a locales donde las vías para huir eran más fáciles.

El origen judío de muchos de estos artistas quedaría claro a través de los procesos inquisitoriales abiertos a partir del último cuarto del siglo XVI pero en otros casos es más difícil descubrir la procedencia sefardí de estos maestros.

Su arte en la región es un ejemplo de las relaciones en la frontera pero también de la confluencia de diferentes identidades que enriquecieron la sociedad del Miño en el siglo XVI.

 

Palabras clave: diáspora, frontera, renacimiento, conversos.

Os cristãos-novos no termo de Vinhais: uma abordagem preliminar

A presente comunicação resulta do trabalho de investigação que estamos a realizar sobre a presença judaica e cristã-nova no termo da vila de Vinhais.

Durante o século XV, a vila de Vinhais viu instalar-se entre si uma comuna judaica que, obviamente, seria muito pequena, à semelhança do que era também a comunidade cristã.

Com a expulsão dos judeus de Castela, em 1492, Vinhais teria recebido alguns imigrantes, como sucedeu com outras localidades transmontanas, por exemplo Bragança, Chaves e Castanheira de Rio Livre. Passados apenas quatro anos, nos finais de 1496, D. Manuel publicou o decreto que expulsava do reino os judeus e mouros que não quisessem converter-se à fé de Cristo. Em 30 de maio de 1497 foi publicada uma ordenação em que o rei se comprometia, por um período de vinte anos, a não inquirir o seu comportamento religioso em privado, desde que publicamente se comportassem como os cristãos-velhos, num claro incentivo para que ficassem.

Fosse por esta determinação, mas também porque não era fácil de um dia para o outro deixarem de pensar e agir da forma como tinham sido educados, o certo é que se o seu comportamento, pelo menos em público, se adequou ao da maioria cristã-velha, em privado continuaram, pelo menos parte dos convertidos, a cumprir os rituais da Lei Velha onde tinham sido educados. Não é, pois, de estranhar que, em muitas localidades, as sinagogas clandestinas proliferassem; na vila de Vinhais também assim foi e, apesar de ser proibido, continuaram a possuir livros em hebraico. Foi neste contexto de clandestinidade que as práticas criptojudaicas continuaram e subsistiram até muito recentemente. Os cristãos-novos do termo de Vinhais foram pasto fértil da Inquisição, com algumas centenas de processados, alguns dos quais queimados na fogueira ou em estátua, porque sabendo que eram procurados fugiram do reino.

O contributo dos cristãos-novos para o desenvolvimento de certas atividades no concelho de Vinhais está bem vincado, tendo em conta as profissões dos processados, sobretudo no comércio, fixo ou ambulante, nos mesteres e na indústria, nomeadamente na da seda.

Analisaremos também a família e os comportamentos marcadamente endogâmicos desta comunidade, que resistiu, tanto quanto pôde, a cruzar-se com a maioria cristã-velha, pelo menos, até ao surto migratório para a Europa, iniciado no pós-guerra.

 

Palavras-chave: Vinhais, judeus, cristãos-novos, criptojudaísmo.

Subsídios para a História dos Judeus em Terras do Alto Tâmega

Basta olhar as listas de processos do santo ofício para concluir que a região foi marcada por uma forte presença judaica. Entre centenas de processos, escolhemos alguns que nos parecem significativos no relacionamento da comunidade regional com o exterior, incluindo a diáspora sefardita para outros países e outros continentes.

Nascido em Chaves e circuncidado como judeu, Francisco Rodrigues terá sido tirado aos pais e batizado na Páscoa de 1497. Foi um dos primeiros Trasmontanos a conhecer as masmorras da inquisição do Porto, em 1544. Anos depois, seria queimado em Lisboa um de seus filhos. 

O “fero monstro” alimentava-se de sangue e também comia fazendas, como a de Cristóvão Lopes, nascido no seio de uma das mais qualificadas famílias da terra. Seu irmão, António Manuel, depois de sair da inquisição de Coimbra, foi para Amesterdão. A essa altura, Cristóvão era um empresário demasiado grande e Chaves uma terra pequena e interior. Mudou a sede da empresa para Viana, cidade portuária de onde podia mercadejar com terras de além-mar, integrando-se numa vasta rede familiar de negócios.

Galiza e Castela são terras vizinhas e os judeus erraram por uma e outra banda. Lebução e Rebordelo eram pontos estratégicos nesta rota de comércio e de fugas, com as famílias marranas unidas numa extraordinária rede de cumplicidades e vivências que a diáspora não apaga, como se constata no testamento Dr. Abraham Mendes de Campos, feito em Londres. 

Na Veneza Imperial o governo era assegurado por uma corporação fechada, a dos patrícios, gente orgulhosa de seus títulos brasonados. No Livro de Ouro se registavam os patrícios, nascidos por linha masculina. A população assalariada e os artífices eram “servos públicos” e os judeus empurrados para o gueto. Um dos raros estrangeiros que conseguiu entrar naquele fechado círculo dos patrícios e inscrever o nome no Livro de Ouro da “Sereníssima Signoria” foi o judeu Flaviense Agostinho da Fonseca. 

Palavras-chave: Chaves, Lebução, Rebordelo, judeus, diáspora.

As vítimas dos Bispados de Viseu e da Guarda no Tribunal Inquisitorial

A presente comunicação tem como objetivo apresentar um levantamento das vítimas do Tribunal Inquisitorial e das principais circunstâncias que envolveram os seus processos. Quem eram estas vítimas? Que profissões desempenhavam? Que delitos cometeram? Como se desenrolaram os seus processos? A que penas foram condenados? É a estas e outras questões que tentaremos dar resposta. O período temporal abarcará todo o período de funcionamento da Inquisição Portuguesa.

O «Fundamento da nossa Nação»: A Educação na Comunidade Portuguesa de Hamburgo na segunda metade do Século XVII

O presente estudo centra-se na temática da educação na comunidade judaico-portuguesa de Hamburgo entre 1652 e 1682. Tomando por base os livros protocolares da comunidade escritos durante o período, serão analisadas instituições fundamentais a nível educativo, tal como a Talmud Torah e a Ets Haim e aprofundadas as suas contribuições na formação dos jovens membros da comunidade. Em particular serão investigados os estatutos congregacionais relativos às instituições educativas e a evolução destas ao longo dos trinta anos considerados, tendo especial atenção às dinâmicas entre os seus vários intervenientes – alunos, professores administradores – assim como às principais reformas e conflitos a marcarem a sua história. Ao aprofundar a natureza, âmbito e actuação destas instituições o presente estudo pretende recuperar uma dimensão até então pouco conhecida da história desta comunidade, naquele que é muito possivelmente, um dos períodos mais importantes do seu desenvolvimento. 


Palavras-chave: Comunidade Judaica, Nação Portuguesa, Hamburgo, Educação, Diáspora Sefardita.
 

La figura del Capitán Barros Basto y su “Obra do Resgate” en Tras-os montes y la Beira Interior

En nuestra Ponencia queremos mostrar la importancia del criptojudaísmo y el marranismo dentro de la historia portuguesa y sobre todo,  la influencia que tuvo y sigue teniendo en la sociedad de Tras-Os Montes y de la Beira Interior.
De tal manera que una figura señera como fue el capitán Barros Basto, que realizó un esfuerzo extraordinario con su “Obra do Resgate”, sea de vital importancia para que esta forma de vivir y pensar sea incluida dentro del Judaísmo oficial.
Aunque de manera somera, haremos referencia a la repercusión que tuvo en Chaves la obra del ilustre militar.
La propia vida del capitán, las diferentes peripecias que sufrió, su esfuerzo y su obra,  merecen una mayor dedicación por parte de los historiadores, pero también  una mayor divulgación entre la sociedad y especialmente en Portugal.
Creemos que tanto su labor de “apostolado judaico” como la función de la Obra do Resgate en el terreno pedagógico, merecen todo reconocimiento. No hay que olvidar que el propio Barros Basto fue vilipendiado en su tiempo y aunque de una manera u otra ha sido rehabilitado, no ha  sido suficiente para ensalzar su figura y su obra.

Palabras clabe: Criptojudaísmo, marranismo, antisemitismo, ejército, Ha-Lapid.
 

Please reload

Jorge 2
Suso 2
António 2
Hugo 2
Anun 2
Lúcia 2
bottom of page